26 novembro 2008

TAL independência que nos prende...

E de repente o abraço tão esperado já não adianta e nem me importa mais.
E é terrível sentir que nada me importa tanto. E é terrível poder, mas não querer chorar na sua frente. Talvez pra não te incomodar, ou até mesmo ter um breve 10 minutos da sua atenção e carinho por mim. Não!. Isso pareceria uma espécie de dependência instântanea, e eu descobri que não suporto qualquer tipo de dependência. Minha independência me prende ao mesmo tempo que me liberta de amar.
Não deixo de amar para não me arrepender, deixo de amar para não depender. E agora eu vejo que isto pode mesmo explicar o fato de, de novo, eu não ter chorado na sua frente.
Depender me lembra precisar muito, e eu também descobri que detesto precisar muito. Mas sei que quando realmente preciso, não consigo precisar pouco! Sempre preciso precisar demais. Ao ponto de querer gritar, querer que os carros parem, que o mundo se cale e que pessoas deixem de viver suas vidas, apenas para me cnxergarem e perceberem o quanto mesmo eu preciso. E talvez o fato disto não ser possível, possa explicar aquela noite de quarta feira, onde os buracos por onde o ônibus passava mais pareciam a minha alma todinha perfurada.
Foi horrível! Senti muita falta da tal falta que eu ainda desconheço. Mais complicado que explicar isso, é sentir.
O mais estranho de não querer depender é saber que essa 'falta' depende de alguma coisa. Mas ainda assim custo a aceitar.
Cada dia precisamos de algo para que o mundo, durante apenas 24h, torne-se perfeito. E acho que hoje o meu ficaria assim se minha independencia me bastasse e amor não me faltasse.


por verônica - 24.11.08!

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